quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Oferta Alçada

Na Bíblia a oferta alçada surgiu com a construção do tabernáculo no deserto. Quando o Senhor Deus convidou Israel para contribuir com a construção do tabernáculo no deserto, houve calorosa resposta. Diz a Bíblia que “veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o impeliu, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação." Êxodo 35:21. E vieram, homens e mulheres, tantos quantos tinham o coração voluntário. Vieram os homens com as suas ofertas em ouro e prata, bem como tecidos selecionados e madeiras valiosas. Os chefes trouxeram pedras preciosas, especiarias de alto custo, e óleo para as lâmpadas. "E todas as mulheres sábias de coração fiavam com as mãos e traziam o fiado." Êxodo 35:25. Eles "traziam cada manhã oferta voluntária" (Êxodo 36:3), até que se trouxe a Moisés esta informação: "O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse." Êxodo 36:5. Este generoso serviço voluntário foi agradável a Deus; e quando o tabernáculo ficou pronto, o Senhor mostrou Sua aprovação à oferta: "Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo." Êxodo 40:34. Todo o povo correspondeu unanimemente. "E para os vestidos santos. E assim vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração: trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, todo o vaso de ouro; e todo o homem oferecia oferta de ouro ao Senhor." Êxodo 35:22. "E todo o homem que se achou com azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de texugos, os trazia; todo aquele que oferecia oferta alçada de prata ou de metal, a trazia por oferta alçada ao Senhor; e todo aquele que se achava com madeira de setim, a trazia para toda a obra do serviço”. “E todas as mulheres sábias de coração fiavam com as suas mãos, e traziam o fiado, o azul e a púrpura, o carmesim, e o linho fino. E todas as mulheres, cujo coração as moveu em sabedoria, fiavam os pêlos das cabras. E os príncipes traziam pedras sardônicas, e pedras de engastes para o éfode e para o peitoral, e especiarias, e azeite para a luminária, e para o óleo da unção, e para o incenso aromático." Êxodo 35:23-28. Enquanto a construção do santuário estava em andamento, o povo, velhos e jovens - homens, mulheres e crianças - continuaram a trazer suas ofertas até que aqueles que tinham a seu cargo o trabalho acharam que tinham o suficiente, e mesmo mais do que se poderia usar. E Moisés fez com que se proclamasse por todo o acampamento: "Nenhum homem nem mulher faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais." Êxodo 36:6. As murmurações dos israelitas e as visitações dos juízos de Deus por causa de seus pecados estão registradas como advertência às gerações posteriores. E sua devoção, zelo e liberalidade, são um exemplo digno de imitação. TODOS OS QUE AMAM O CULTO A DEUS, E PREZAM AS BÊNÇÃOS DE SUA SANTA PRESENÇA, MANIFESTARÃO O MESMO ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO AO COLABORAREM COM A MANUTENÇÃO DE UMA CASA, ONDE DEUS SE ENCONTRAR COM ELES, DESEJANDO TRAZER AO SENHOR UMA OFERTA DO MELHOR QUE POSSUEM. Reflitamos sobre isso!!!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A outra face de Salomão

Muito se fala a respeito de Salomão, sua ousadia ao pedir ao Senhor por sabedoria, bem como de sua prosperidade ao considerar a riqueza que fora ajuntada ao longo de seu reinado, contudo, questionamos, o que fez Salomão, porém, com sua riqueza, poder e influência? Que tipo de reino construiu? Manteve a justiça e a retidão com toda a sua abundância de recursos? Perguntas difíceis, entretanto, cruciais para delimitarmos que tipo de reinado Salomão empreendeu junto ao povo de Israel em Jerusalém.

A Palavra nos ensina que existem dois caminhos, duas portas (Mateus 7:13). Salomão, como um de nós, pôde usar seu poder e riqueza para fazer alguma coisa em relação ao clamor do oprimido ou simplesmente, fingir que não ouviu. Salomão pôde escolher entre a porta larga e a porta estreita, e o que ele fez? A Bíblia em 1 Reis 9:15, relata: "O rei Salomão impôs trabalhos forçados para que se construísse o templo do Senhor, seu próprio palácio, o Milo [ou aterro], o muro de Jerusalém". Por trabalho forçado, também podemos considerar é, claro, "escravidão".

Salomão, então teve escravos? Sim. Escravos que trabalharam para construir-lhe o templo, o palácio e outras edificações. Espere! O templo do Senhor? O mesmo Senhor que liberta escravos, correto? E como Salomão constrói um templo para Deus que liberta escravos... usando escravos? Esse é um momento crucial na Bíblia, em questão de poucas gerações apenas, os oprimidos tornaram-se os opressores. Os ancestrais do povo um dia clamaram por causa do cativeiro em que se encontravam, e agora esse mesmo povo está fazendo outros levantarem idêntico clamor. Os descendentes do povo que um dia ansiou pela liberdade do Egito agora edificam um novo Egito.

Salomão criou um império de indiferença. Esqueceu a história de seus antepassados. Não se lembrou de Moisés exigindo que o povo fosse liberto, da fuga deles do faraó, de como foram transportados "sobre asas de águias" (Êxodo 19:4). Em poucas gerações, os ex-escravos que viveram vagueando pelo deserto, que acabavam de ser resgatados de um império opressor, tinham se transformado em produtores de império. Salomão não mantém a justiça; agora perpetua a mesma injustiça de que um dia seu povo precisou ser resgatado. E, nesse processo, edifica para si um reino de bem-estar. Janta em seu palácio e passeia por aterros construídos pelo sofrimento humano.

Todavia, não são apenas seu bem-estar e indiferença que saltam os olhos, mas o que constrói. No mesmo trecho de 1 Reis 9:15, em que ficamos sabendo que empregava escravos para edificar o templo de Deus, seu palácio e os aterros, também está escrito que Salomão usou esses escravos para construir "Hazor, Megido e Gezer". Esse é um dos muitos  lugares na Bíblia em que é fácil passar os olhos por uma lista de nomes hebraicos e não perceber o que está acontecendo sob a superfície. Afinal, o que são Hazor, Megido e Gezer? Bases militares.

Salomão reconstruiu a cidade de Hazor como uma praça forte; Megido (desta palavra origina-se o nome Armagedom), como um centro administrativo e militar, um vale no norte de Israel, onde a África, Europa e a Ásia se encontram, uma localização estratégica, para se dizer o mínimo. Gezer era um pouco diferente, em 1 Reis 9:16, diz-se que o faraó do Egito da época, capturou Gezer, incendiou-a, matou os habitantes cananeus e deu-a como presente de casamento à filha, quando se casou com Salomão, uma coisinha superespecial para que os recém-casados começassem bem a vida.

Salomão emprega seus imensos recursos para construir bases militares com o fim de proteger... seus imensos recursos e riquezas. Seu empenho em edificar um império leva-o a dar grande prioridade à questão da preservação. Proteger e manter tudo que acumulou consome mais e mais recursos, à medida que volta sua atenção para a segurança interna. Não só isso, mas depois, em 1 Reis 10:26, o texto nos diz que Salomão acumulou "mil e quatrocentos carros e doze mil cavalos, dos quais mantinha uma parte nas guarnições de algumas cidades e a outra perto dele, em Jerusalém".

Cavalos? Carros? Os soldados do faraó também estavam a cavalo e de carro quando perseguiram os escravos hebreus que fugiam do Egito. E o texto continua dizendo que Salomão os importou do Egito! Jerusalém acaba se transformando no novo Egito! Há um novo faraó em cena, e seu nome é Salomão, o filho de Davi. Não só está acumulando cavalos e carros, tanques e aviões bombardeiros da época, como as Escrituras acrescentam, em 1 Reis 10:29, que Salomão e seus líderes "importavam do Egito um carro por sete quilos e duzentos gramas de prata, e um cavalo por um quilo e oitocentos gramas, e os exportavam para todos os reis dos hititas e dos arameus". Duas palavras: importar e exportar.

Salomão adquire cavalos e carros, mas também os vende. Salomão tornou-se um comerciante de armas. Ganha dinheiro com a violência. Descobriu que a guerra é lucrativa. Isso é manter justiça e retidão? Isso é ouvir o clamor do oprimido? Isso é cuidar da viúva, do órfão e do estrangeiro? Pouco mais à frente, lemos em 1 Reis 11:3-4, que Salomão "casou com setecentas princesas e trezentas concubinas, e as suas mulheres o levaram a desviar-se. [...] Suas mulheres o induziram a voltar-se para outros deuses, e o seu coração já não era totalmente dedicado ao Senhor, o seu Deus". Setecentas esposas? Trezentas concubinas?

Não obstante, o assunto principal da discussão para quem está contando essa história não são os números, mas como as mulheres afetaram a Salomão. Elas o afastaram de Deus, e o "seu coração já não era totalmente dedicado". Essa passagem forma um contraste significativo com o que ficamos sabendo antes, envolvendo escravos e base militares. Tratava-se então de males sistêmicos, mas agora descobrimos um outro tipo de problema. Não um problema sistêmico, mas a mudança de rumo do coração de um indivíduo. Salomão quebra a aliança com Deus.

Isso remonta ao primeiro dos Dez Mandamentos, aquele que fala em não se ter outros deuses. No monte Sinai Deus celebra uma aliança de casamento entre Ele e seu povo. Assim, o primeiro mandamento dizia que o povo não poderia ter outros amantes, dizia mais, que o relacionamento entre o povo e Deus não daria certo se fossem infiéis. As muitas mulheres de Salomão e a sua infidelidade à Deus, representam a infidelidade de todo o povo - que se desviara de Deus. No passado, Moisés dissera em Deuteronômio 17:16-17, que o rei "não deverá adquirir muitos cavalos, nem fazer o povo voltar para o Egito para conseguir mais cavalos, pois o Senhor lhes disse: 'Jamais voltem por este caminho'. Ele não deverá tomar para si muitas mulheres; se o fizer, desviará o seu coração. Também não deverá acumular muita prata e muito ouro".

Salomão adquiriu muitos cavalos? Confere. Tomou para si muitas mulheres? Confere. Seu coração desviou-se? Confere. O texto em 1 Reis 10:14, diz: "o peso do ouro que se trazia a Salomão cada ano era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro", o que equivale a quase 25 toneladas de ouro. Salomão acumulou muita prata e muito ouro? Confere. E esse número 666, o peso dos talentos de ouro? Temos aqui um modo muito judaico de anunciar que algo é ruim, obscuro, errado e contrário a Deus.

Pois é, até mesmo em Jerusalém é possível seguir por um de dois caminhos, escolher entre uma de duas portas. E, com Salomão, a história envereda por um desvio trágico, ele voltou "por este caminho". Jerusalém acabou sendo o novo Egito. Salomão, o novo faraó, e o pior o Sinai, a aliança foi esquecida. Isso deixou Deus entristecido e em posição embaraçosa. Lembremo-nos, Deus está a procura de um corpo, de carne e sangue para mostrar ao mundo o casamento apropriado entre o divino e o humano. Não façamos como Salomão, que mesmo sendo sábio, enveredou-se pela porta larga, o caminho contrário a vontade do Senhor, e tornando-se exatamente aquilo que repudiava. Reflitamos!

Roberta Alves.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ouça o que o Espírito diz às Igrejas...

A igreja evangélica brasileira está bem, está mais ou menos e está mal. Em uma mesma congregação temos gente que anda com Deus, gente apática e gente que já abandonou as fileiras do evangelho. Em uma mesma igreja temos gente que vive e morre pela verdade e também aqueles que a negociam e a trocam por vantagens imediatas.
Estamos vivendo uma crise de integridade na igreja. Há um abismo entre o que pregamos e o que vivemos; entre o que falamos e o que praticamos. A igreja tem discurso, mas não tem vida; tem carisma, mas não caráter; tem influência política, mas não poder espiritual. Há uma esquizofrenia instalada em nosso meio. Tornamo-nos uma igreja ambígua e contraditória, em que o discurso mascara a vida, e a vida reprova o discurso.
Estamos vivendo o florescimento de uma igreja narcisista, com síndrome de Laodiceia, pois se julga rica e abastada, mas está pobre, cega e nua. Uma igreja que aplaude e dá nota máxima a si mesma quando se olha no espelho, mas que não passa no crivo da integridade nem pode ser aprovada ao ser submetida ao teste da sã doutrina.
Estamos vendo o crescimento de uma igreja ufanista e triunfalista, que se encanta com seu próprio crescimento numérico ao mesmo tempo em que se apequena na vida espiritual. Uma igreja que explode numericamente, mas se atrofia espiritualmente. Uma igreja que tem cinco mil quilômetros de extensão, mas apenas cinco centímetros de profundidade. Uma igreja que se vangloria de produzir bíblias de estudo, mas produz uma geração analfabeta em Bíblia.
Estamos vendo crescer em nossa geração uma igreja sem doutrina e sem ética. Uma igreja que rifa a verdade por dinheiro, que joga a ética para debaixo do tapete e, mesmo assim, vocifera palavras de ordem chamando as pessoas ao arrependimento. No passado a igreja tinha autoridade para chamar o mundo ao arrependimento. Hoje é o mundo que ordena que a igreja se arrependa. Derrubamos os muros que nos separam do mundo. Queremos ser iguais ao mundo, no tolo discurso de atraí-lo. Perdemos nossa identidade e nossa integridade. Nossa luz apagou-se debaixo do alqueire. Tornamo-nos sal sem sabor, que não presta mais para nada, senão para ser pisado pelos homens.
Estamos vendo crescer uma igreja mercado que escancara suas portas e usa a religião como fonte de lucro. Uma igreja que constrói novos templos como se abre franquias, não como o propósito de pregar a verdade, mas de granjear riquezas. Temos visto templos se transformando em praças de negócio, os púlpito em balcão de comércio, o evangelho em produto lucrativo e os crentes em consumidores vorazes. Temos visto igrejas se transformando em lucrativas empresas e pregadores inescrupulosos criando mecanismos heterodoxos para granjear fortunas em nome de Deus.
Estamos vendo crescer em nossa pátria uma igreja sincrética, mística que prega um outro evangelho, um evangelho diferente que, de fato,  não é evangelho. Uma igreja que prega o que o povo quer ouvir e não o que povo precisa ouvir. Uma igreja que prega prosperidade, mas não salvação; que prega milagres, mas não a cruz. Uma igreja centrada no homem, e não em Deus.
Estamos vendo crescer uma igreja amante dos holofotes, embriagada pelo sucesso, sedenta de aplausos, em que seus pregadores e cantores são tratados como astros de cinema. Estamos trocando nosso direito de primogenitura por um prato de lentilhas das glórias humanas, rendendo-nos à tietagem e ao culto à personalidade, colocando homens em um pedestal, afrontando, assim, nosso único e bendito Senhor, que não divide a glória com ninguém.
Estamos vivendo uma homérica crise de liderança. Uma das classes mais desacreditadas são os pastores. Há pastores não convertidos no ministério. Há uma legião de ministros não vocacionados no ministério. Há muitos que entram no ministério por causa do seu bônus, mas não aceitam seu ônus; querem os louvores do ministério, mas não suas cicatrizes. Há aqueles que fazem do ministério um refúgio para esconder sua preguiça e seu comodismo. Há pastores que deveriam cuidar de si mesmos antes de cuidar do rebanho de Deus. Há pastores confusos doutrinariamente no ministério, indivíduos que não sabem para onde caminham, por isso, são influenciados por todo vento de doutrina, deixando seu rebanho à mercê dos lobos travestidos de ovelhas. Há pastores que estão em pecado no ministério e já perderam a sensibilidade espiritual, pois condenam nos outros os mesmos pecados que praticam em secreto.
Estamos vivendo uma crise de valores na igreja. Abandonamos a simplicidade do evangelho. Substituímos a sã doutrina pelas novidades do mercado da fé. Trocamos a verdade pelo sucesso. Substituímos a pregação pelo espetáculo. Colocamos no lugar oração, em que nos quebrantávamos e chorávamos pelos nossos pecados, os grandes ajuntamentos, em que saltitamos ao som estrondoso e ensurdecedor dos nossos instrumentos eletrônicos.
Precisamos desesperadamente voltar ao primeiro amor. Precisamos urgentemente de uma nova reforma na igreja. Precisamos de reavivamento que nos traga de volta ao frescor da vida abundante em Cristo Jesus. Precisamos desesperadamente do revestimento e do poder do Espírito Santo. Precisamos de uma igreja fiel que prefira a morte à apostasia. Uma igreja santa que prefira o martírio ao pecado. Uma igreja que ame a Palavra mais do que lucro. Uma igreja que chore pelos seus pecados e pelas almas que perecem, e não pelas dificuldades da vida presente. Precisamos de uma igreja que tenha visão missionária e compaixão pelos que sofrem. Uma igreja que tenha ortodoxia e piedade, doutrina e vida, discurso e prática. Uma igreja que pregue  aos ouvidos e aos olhos. Uma igreja que ouça o que o Espírito diz!!!

Pr. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O 7º Mergulho de Naamã (INGRATIDÃO)



Estamos chegando ao final desse tratamento esquisito, mas poderoso e eficaz. O curioso de tudo isso, é ver que Deus moveu coisas absurdamente desfavoráveis, provando Seu Poder nas coisas improváveis. O grande comandante do exercito da Síria, coroado durante toda a sua vida com muitas condecorações, honrarias militares e todo o tipo de elogios, mas que era leproso, vê pela primeira vez a única coisa que realmente importava: sua cura!!! E não é que a menina escrava tinha razão??? O profeta realmente era íntimo de um Deus verdadeiro, que mandava fazer coisas esquisitas, mas que em todo tempo provava seu amor. Esse é o final de uma incrível historia, onde vimos sendo submergidos valores equivocados, tais como a soberba, a dúvida, a vergonha, a falta de perdão, a ansiedade, o cansaço, que a única utilidade é a de nos separar da realidade de Cristo para nós, distorcendo nossa visão acerca do que é verdadeiro, e montando barreiras que nos impediam de conhecer a Jesus.
A bíblia é feita de grandes exemplos; de coisas que devemos, e não devemos fazer. Homens e mulheres comprometidos com a verdade, ou simplesmente comprometidos com seus próprios interesses. Que é o caso do nosso amigo Geazi (vs.20), um rapaz novo que auxiliava a um grande homem de Deus, e que havia contemplado maravilhas ao lado de Eliseu, contudo, creio que houve uma transferência de maus valores. Tudo de equivocado que havia sobre Naamã parece que passou para o jovem coração de Geazi: a soberba de achar que era merecedor de uma recompensa, a dúvida de saber se estava sendo devidamente recompensado por seu trabalho, a vergonha de expor a verdade diante de Eliseu, a falta de perdão, a ansiedade de viver o glamour, e o cansaço de viver a vida que estava levando de servo, o levaram a ser o receptor da lepra de Naamã que estava submersa nas águas do Jordão.
Veja que o propósito de Deus foi cumprido, mas parece que havia um sério candidato a receber as porcarias que Naamã havia demorado anos para se livrar. Naamã em seu último mergulho afunda de uma vez a velha criatura que o impedia de ser realmente feliz, e torna-se um homem livre. Todas as honrarias já não importavam mais, todas as vitórias sobre seus inimigos já não tinham o mesmo gosto. O que ele realmente precisava estava com ele. Sua maior conquista, estava dentro de sua realidade agora. Vimos chegar um homem altivo, soberbo, cheio de si se apresentando a Eliseu, e o que se apresenta depois dos 7 mergulhos é um homem totalmente restaurado.
Parece a figura de dois homens se apresentando ao profeta. De início um homem que pensava que tinha tudo e não tinha nada, após os 7 mergulhos, um homem que já não se importava com mais nada , pois tinha tudo o que mais precisava. No último mergulho, Naamã submerge seu ultimo inimigo a INGRATIDÃO.
E como falar de ingratidão e não lembrar da poderosa parábola do filho pródigo. (Lucas 15:11 a 32). Vemos a ingratidão refletida na vida de um jovem que queria se aventurar pelo mundo, mas de tanto sofrer, volta aos braços de seu pai, e vemos uma ingratidão ainda maior, que é a do irmão mais velho. Com certeza Jesus ao contar essa parábola estava falando do grande amor que Deus tem pelos seus filhos, ao ponto de enviar seu tesouro (Jesus) para morrer por nós e resgatar-nos. Entretanto, o que Jesus também deixa explícito nessa parábola é que ingratidão é um tipo de lepra contagiosa, voltemos para a história de Naamã, e veja como poderia ser diferente o final dessa historia, se Geazi não tivesse se usurpado de uma recompensa que não lhe pertencia. A ingratidão é um dos piores sintomas da lepra. Você já parou pra pensar, tudo o que Deus fez com você. Todos os livramentos, conquistas e como tem sido escrita a sua história.
Moisés enfrentou muitos problemas, principalmente com seu meio irmão Faraó. Mas não houve coisa pior para Moisés do que ver tudo o que Deus estava fazendo com seu povo, e esse povo responder com ingratidão. Entenda que a maneira como respondemos ao amor de Deus, interfere na maneira como Deus se manifestará. Todas essas barreiras que Naamã teve que afundar nas águas, na verdade eram barreiras que o impediam de responder ao Grande Amor de Deus que estava sendo revelado a ele, durante toda a sua vida. Todas essas lepras nos impedem de responder da devida maneira ao amor de Deus. Curiosamente em Lucas 17:16 vemos o reflexo dessa gratidão, em uma historia muito similar a do comandante Sírio. Havia 10 leprosos, 1 voltou para agradecer. Curiosamente eram leprosos, e curiosamente, somente 1 aprendeu a lição.
Pare por um momento e reflita o quanto você deve a Deus. E sabe o que é melhor, saber que Ele não se arrepende de ter feito o que fez, e que Ele jamais vai nos cobrar. A prova disso é a própria Santa Ceia, que na verdade foi uma cerimônia instituída pelo próprio Cristo, na intenção de relembrar-nos e também de lembrar a Ele toda magnitude do imenso amor D' Ele por nós.
A única coisa que Deus espera de nós é que respondamos a esse amor. Naamã aprendeu a lição. Geazi apesar de ter visto muito mais milagres que Naamã, não. Creio que todas as vitórias que Deus nos deu, foram presentes de um PAI AMOROSO. E creio também que ainda há muito mais por vir, todavia Deus sempre estará esperando que manifestemos a resposta desse amor que Ele tem por nós, e talvez, de uma das melhores formas. Com GRATIDÃO.
Dayene Roberta.