terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ouça o que o Espírito diz às Igrejas...

A igreja evangélica brasileira está bem, está mais ou menos e está mal. Em uma mesma congregação temos gente que anda com Deus, gente apática e gente que já abandonou as fileiras do evangelho. Em uma mesma igreja temos gente que vive e morre pela verdade e também aqueles que a negociam e a trocam por vantagens imediatas.
Estamos vivendo uma crise de integridade na igreja. Há um abismo entre o que pregamos e o que vivemos; entre o que falamos e o que praticamos. A igreja tem discurso, mas não tem vida; tem carisma, mas não caráter; tem influência política, mas não poder espiritual. Há uma esquizofrenia instalada em nosso meio. Tornamo-nos uma igreja ambígua e contraditória, em que o discurso mascara a vida, e a vida reprova o discurso.
Estamos vivendo o florescimento de uma igreja narcisista, com síndrome de Laodiceia, pois se julga rica e abastada, mas está pobre, cega e nua. Uma igreja que aplaude e dá nota máxima a si mesma quando se olha no espelho, mas que não passa no crivo da integridade nem pode ser aprovada ao ser submetida ao teste da sã doutrina.
Estamos vendo o crescimento de uma igreja ufanista e triunfalista, que se encanta com seu próprio crescimento numérico ao mesmo tempo em que se apequena na vida espiritual. Uma igreja que explode numericamente, mas se atrofia espiritualmente. Uma igreja que tem cinco mil quilômetros de extensão, mas apenas cinco centímetros de profundidade. Uma igreja que se vangloria de produzir bíblias de estudo, mas produz uma geração analfabeta em Bíblia.
Estamos vendo crescer em nossa geração uma igreja sem doutrina e sem ética. Uma igreja que rifa a verdade por dinheiro, que joga a ética para debaixo do tapete e, mesmo assim, vocifera palavras de ordem chamando as pessoas ao arrependimento. No passado a igreja tinha autoridade para chamar o mundo ao arrependimento. Hoje é o mundo que ordena que a igreja se arrependa. Derrubamos os muros que nos separam do mundo. Queremos ser iguais ao mundo, no tolo discurso de atraí-lo. Perdemos nossa identidade e nossa integridade. Nossa luz apagou-se debaixo do alqueire. Tornamo-nos sal sem sabor, que não presta mais para nada, senão para ser pisado pelos homens.
Estamos vendo crescer uma igreja mercado que escancara suas portas e usa a religião como fonte de lucro. Uma igreja que constrói novos templos como se abre franquias, não como o propósito de pregar a verdade, mas de granjear riquezas. Temos visto templos se transformando em praças de negócio, os púlpito em balcão de comércio, o evangelho em produto lucrativo e os crentes em consumidores vorazes. Temos visto igrejas se transformando em lucrativas empresas e pregadores inescrupulosos criando mecanismos heterodoxos para granjear fortunas em nome de Deus.
Estamos vendo crescer em nossa pátria uma igreja sincrética, mística que prega um outro evangelho, um evangelho diferente que, de fato,  não é evangelho. Uma igreja que prega o que o povo quer ouvir e não o que povo precisa ouvir. Uma igreja que prega prosperidade, mas não salvação; que prega milagres, mas não a cruz. Uma igreja centrada no homem, e não em Deus.
Estamos vendo crescer uma igreja amante dos holofotes, embriagada pelo sucesso, sedenta de aplausos, em que seus pregadores e cantores são tratados como astros de cinema. Estamos trocando nosso direito de primogenitura por um prato de lentilhas das glórias humanas, rendendo-nos à tietagem e ao culto à personalidade, colocando homens em um pedestal, afrontando, assim, nosso único e bendito Senhor, que não divide a glória com ninguém.
Estamos vivendo uma homérica crise de liderança. Uma das classes mais desacreditadas são os pastores. Há pastores não convertidos no ministério. Há uma legião de ministros não vocacionados no ministério. Há muitos que entram no ministério por causa do seu bônus, mas não aceitam seu ônus; querem os louvores do ministério, mas não suas cicatrizes. Há aqueles que fazem do ministério um refúgio para esconder sua preguiça e seu comodismo. Há pastores que deveriam cuidar de si mesmos antes de cuidar do rebanho de Deus. Há pastores confusos doutrinariamente no ministério, indivíduos que não sabem para onde caminham, por isso, são influenciados por todo vento de doutrina, deixando seu rebanho à mercê dos lobos travestidos de ovelhas. Há pastores que estão em pecado no ministério e já perderam a sensibilidade espiritual, pois condenam nos outros os mesmos pecados que praticam em secreto.
Estamos vivendo uma crise de valores na igreja. Abandonamos a simplicidade do evangelho. Substituímos a sã doutrina pelas novidades do mercado da fé. Trocamos a verdade pelo sucesso. Substituímos a pregação pelo espetáculo. Colocamos no lugar oração, em que nos quebrantávamos e chorávamos pelos nossos pecados, os grandes ajuntamentos, em que saltitamos ao som estrondoso e ensurdecedor dos nossos instrumentos eletrônicos.
Precisamos desesperadamente voltar ao primeiro amor. Precisamos urgentemente de uma nova reforma na igreja. Precisamos de reavivamento que nos traga de volta ao frescor da vida abundante em Cristo Jesus. Precisamos desesperadamente do revestimento e do poder do Espírito Santo. Precisamos de uma igreja fiel que prefira a morte à apostasia. Uma igreja santa que prefira o martírio ao pecado. Uma igreja que ame a Palavra mais do que lucro. Uma igreja que chore pelos seus pecados e pelas almas que perecem, e não pelas dificuldades da vida presente. Precisamos de uma igreja que tenha visão missionária e compaixão pelos que sofrem. Uma igreja que tenha ortodoxia e piedade, doutrina e vida, discurso e prática. Uma igreja que pregue  aos ouvidos e aos olhos. Uma igreja que ouça o que o Espírito diz!!!

Pr. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O 7º Mergulho de Naamã (INGRATIDÃO)



Estamos chegando ao final desse tratamento esquisito, mas poderoso e eficaz. O curioso de tudo isso, é ver que Deus moveu coisas absurdamente desfavoráveis, provando Seu Poder nas coisas improváveis. O grande comandante do exercito da Síria, coroado durante toda a sua vida com muitas condecorações, honrarias militares e todo o tipo de elogios, mas que era leproso, vê pela primeira vez a única coisa que realmente importava: sua cura!!! E não é que a menina escrava tinha razão??? O profeta realmente era íntimo de um Deus verdadeiro, que mandava fazer coisas esquisitas, mas que em todo tempo provava seu amor. Esse é o final de uma incrível historia, onde vimos sendo submergidos valores equivocados, tais como a soberba, a dúvida, a vergonha, a falta de perdão, a ansiedade, o cansaço, que a única utilidade é a de nos separar da realidade de Cristo para nós, distorcendo nossa visão acerca do que é verdadeiro, e montando barreiras que nos impediam de conhecer a Jesus.
A bíblia é feita de grandes exemplos; de coisas que devemos, e não devemos fazer. Homens e mulheres comprometidos com a verdade, ou simplesmente comprometidos com seus próprios interesses. Que é o caso do nosso amigo Geazi (vs.20), um rapaz novo que auxiliava a um grande homem de Deus, e que havia contemplado maravilhas ao lado de Eliseu, contudo, creio que houve uma transferência de maus valores. Tudo de equivocado que havia sobre Naamã parece que passou para o jovem coração de Geazi: a soberba de achar que era merecedor de uma recompensa, a dúvida de saber se estava sendo devidamente recompensado por seu trabalho, a vergonha de expor a verdade diante de Eliseu, a falta de perdão, a ansiedade de viver o glamour, e o cansaço de viver a vida que estava levando de servo, o levaram a ser o receptor da lepra de Naamã que estava submersa nas águas do Jordão.
Veja que o propósito de Deus foi cumprido, mas parece que havia um sério candidato a receber as porcarias que Naamã havia demorado anos para se livrar. Naamã em seu último mergulho afunda de uma vez a velha criatura que o impedia de ser realmente feliz, e torna-se um homem livre. Todas as honrarias já não importavam mais, todas as vitórias sobre seus inimigos já não tinham o mesmo gosto. O que ele realmente precisava estava com ele. Sua maior conquista, estava dentro de sua realidade agora. Vimos chegar um homem altivo, soberbo, cheio de si se apresentando a Eliseu, e o que se apresenta depois dos 7 mergulhos é um homem totalmente restaurado.
Parece a figura de dois homens se apresentando ao profeta. De início um homem que pensava que tinha tudo e não tinha nada, após os 7 mergulhos, um homem que já não se importava com mais nada , pois tinha tudo o que mais precisava. No último mergulho, Naamã submerge seu ultimo inimigo a INGRATIDÃO.
E como falar de ingratidão e não lembrar da poderosa parábola do filho pródigo. (Lucas 15:11 a 32). Vemos a ingratidão refletida na vida de um jovem que queria se aventurar pelo mundo, mas de tanto sofrer, volta aos braços de seu pai, e vemos uma ingratidão ainda maior, que é a do irmão mais velho. Com certeza Jesus ao contar essa parábola estava falando do grande amor que Deus tem pelos seus filhos, ao ponto de enviar seu tesouro (Jesus) para morrer por nós e resgatar-nos. Entretanto, o que Jesus também deixa explícito nessa parábola é que ingratidão é um tipo de lepra contagiosa, voltemos para a história de Naamã, e veja como poderia ser diferente o final dessa historia, se Geazi não tivesse se usurpado de uma recompensa que não lhe pertencia. A ingratidão é um dos piores sintomas da lepra. Você já parou pra pensar, tudo o que Deus fez com você. Todos os livramentos, conquistas e como tem sido escrita a sua história.
Moisés enfrentou muitos problemas, principalmente com seu meio irmão Faraó. Mas não houve coisa pior para Moisés do que ver tudo o que Deus estava fazendo com seu povo, e esse povo responder com ingratidão. Entenda que a maneira como respondemos ao amor de Deus, interfere na maneira como Deus se manifestará. Todas essas barreiras que Naamã teve que afundar nas águas, na verdade eram barreiras que o impediam de responder ao Grande Amor de Deus que estava sendo revelado a ele, durante toda a sua vida. Todas essas lepras nos impedem de responder da devida maneira ao amor de Deus. Curiosamente em Lucas 17:16 vemos o reflexo dessa gratidão, em uma historia muito similar a do comandante Sírio. Havia 10 leprosos, 1 voltou para agradecer. Curiosamente eram leprosos, e curiosamente, somente 1 aprendeu a lição.
Pare por um momento e reflita o quanto você deve a Deus. E sabe o que é melhor, saber que Ele não se arrepende de ter feito o que fez, e que Ele jamais vai nos cobrar. A prova disso é a própria Santa Ceia, que na verdade foi uma cerimônia instituída pelo próprio Cristo, na intenção de relembrar-nos e também de lembrar a Ele toda magnitude do imenso amor D' Ele por nós.
A única coisa que Deus espera de nós é que respondamos a esse amor. Naamã aprendeu a lição. Geazi apesar de ter visto muito mais milagres que Naamã, não. Creio que todas as vitórias que Deus nos deu, foram presentes de um PAI AMOROSO. E creio também que ainda há muito mais por vir, todavia Deus sempre estará esperando que manifestemos a resposta desse amor que Ele tem por nós, e talvez, de uma das melhores formas. Com GRATIDÃO.
Dayene Roberta.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O 6º Mergulho de Naamã (CANSAÇO)



Aprendemos nesses dias que a vida com Cristo não nos dá imunidade ao sofrimento ou a dor, entretanto, nos dá a certeza que podemos passar o que for, temos um Amigo,  Companheiro que caminha conosco em todo momento, e que está disposto a fortalecer-nos sempre que estivermos desfalecendo. Esse é o desafio desse 6º mergulho, vencer o CANSAÇO. Estamos indo bem até aqui, mas afundar sete vezes no mesmo rio, sem ter a certeza que é um método eficaz para o nosso problema, não é fácil. Depois que afundarmos pela sexta vez, só faltará mais uma, é nesse momento que a nossa vida começa a passar como um filme por nossa cabeça. É obvio que se chegamos até aqui não devemos retroceder. Tudo o que já enfrentamos, já foi motivo para abandonarmos tudo. Mas chegamos até aqui. Não pensávamos que conseguiríamos chegar, mas chegamos.
Orgulhosos ou não, aqui estamos, prestes a viver um novo tempo em nossas vidas. A fé é o fator mais determinante nesse momento, cumprir nossa parte do trato é a única garantia que temos que poderemos chegar até o fim e vencer. Estamos prestes a viver a tão sonhada vida que sempre desejamos. Sem condecorações, sem honrarias militares, sem tapinhas nas costas, apenas carregando sobre os ombros a promessa cumprida de Deus. Nada mais importa nessa hora, contudo há um problema, estamos visivelmente cansados. As pernas estão bambas, os lábios estão roxos por causa da água gelada, a pele esta perdendo sua cor, tudo por causa do cansaço.
A bíblia relata a história de dois homens que haviam convivido com o Messias, não sabemos por quanto tempo, mas o certo é que foi tempo suficiente para que eles pudessem amar não somente ao Cristo, mas Sua visão, Seus ideais; e depositar N'Ele, a confiança de um futuro melhor. O interessante é que esses dois discípulos se encontraram com uma situação duríssima, O GRANDE MESSIAS havia sido assassinado, juntamente com todos os seus idéias e as suas expectativas de melhoras, por isso esses dois discípulos caminhavam a pé rumo a sua terra. Visivelmente abatidos e cansados, eles discutiam sua situação de total frustração, mais uma vez suas expectativas foram frustradas: o que fazer??? O que era para ser um dia de alegria, por ver cumprida a palavra do mestre tornou-se em desespero. Eles não sabiam como entender a vontade de Deus.
Sabemos que Deus tem um desejo para nós, porém o que ainda buscamos é a forma de como acessar esse plano para nós. Deus não é Deus de confusão e onde quer que Ele encontre buscadores sinceros, de coração confuso, você pode ter certeza que Ele estará pronto a revelar Sua vontade, e foi exatamente o que aconteceu com os dois discípulos no caminho de Emaús, visivelmente cansados e abatidos, conversam sobre um único assunto: A MORTE DO REVOLUCIONÁRIO MOVIMENTO CRISTÃO. Quando do nada, alguém muito estranho começa a caminhar com eles, era o próprio Cristo, quem vem a revelar-Se junto aos seus companheiros de jornada, que descuidaram de Sua Palavra, e por isso estavam confusos. O filho de Deus veio ao mundo revelando todo o Seu Poder, curando enfermos e fazendo muitos sinais, para morrer de maneira cruel em uma cruz, e ressuscitar ao terceiro dia, trazendo-nos de volta o direto de andar com Deus exatamente como Adão fazia todas as tardes. E a única forma de retirarmos esse cansaço é recorrer ao Seu AMOR. Ao mesmo tempo que Naamã sentia debilitado pela quantidade de vezes que já havia mergulhado, também ele podia sentir-se rodeado por esse amor, e isso o inspirava a ir por mais um, e mais um, e mais um até chegar ao ultimo mergulho. É direito nosso estarmos cansados de tudo aquilo que vemos e vivemos Todo tipo de injustiça, impunidade, miséria. Um mundo caótico que está, se deteriorando, entretanto a única coisa que ainda nos mantém o equilíbrio nesse mundo tão cruel, é não apenas sentirmos esse amor de Cristo, mas responder a esse amor.
Naamã estava respondendo ao amor de Deus, e isso o motivava a continuar. Recuar ou desistir não era a saída para seu problema, o mínimo que ele podia fazer era responder ao amor sublime, e colocar-se a disposição para ser alvo da maravilhosa graça de Jesus. A única coisa que podemos fazer é aceitarmos esse chamado do mestre quando em Mateus 11:28, diz: “vinde a mim vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei". A sensação de alivio, é aquela quando estamos vivendo um dura pressão em nossas vidas, e de repente tudo se resolve, ou quando estamos com uma dor insuportável de cabeça, e tomamos um remédio, minutos depois a sensação de alívio. 
Os discípulos no caminho de Emaús puderam sentir esse alívio ao verem que o Mestre cumpriu Sua Palavra. Naamã pôde sentir esse alivio quando ao final dos sete mergulhos, já não havia mais lepra, e por conseqüência sua vida foi transformada. Aceite ao convite do Mestre. Aproxima-te da sua vontade, e desfrute desse alívio que não dura minutos, horas ou dias, mas pode durar a vida eterna.
Dayene Roberta.

O 5º Mergulho de Naamã (ANSIEDADE)



Já afundamos a SOBERBA que nos afastava de Deus, a DÚVIDA que nos afastava da fé, a VERGONHA que nos impedia de viver coisas mais profundas em Cristo. Afundamos a FALTA DE PERDÃO que nos impedia de viver um futuro melhor, e  aprendemos que o plano de Deus é nos fazer verdadeiramente livres e que a salvação que Jesus oferece é total. Acima de tudo aprendemos que servir a Cristo nos leva a ter um censo de responsabilidade em relação a nossa vida e em relação a vida de outros. Ou seja, graças ao amor de Cristo, recebemos uma nova consciência do tipo de vida ganhamos. Cristo nos ajuda a enxergar como os tipos de escolhas na nossa vida podem afetar, não somente a nós, mas as nossas próximas gerações. Servir a Cristo evita de termos atitudes inconsequentes, e que futuramente nos arrependamos.
O 5º mergulho desperta em Naamã o desejo de terminar logo aquela fase. No 5º Mergulho Naamã vence a ANSIEDADE. Ele aprende que não podemos pular as fases de nossa vida, todas elas são necessárias para formação de quem nos tornaremos. Cada mergulho teve sua importância, desde de o primeiro ao último, tornaram-se um processo na cura total do grande capitão.
É natural passarmos por momentos em nossas vidas em que a única coisa que nos importa é o final da viagem. A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do sistema nervoso central conseqüente a interpretação de uma situação de perigo. Alguns são sintomas físicos como: taquicardia (batedeira), sudorese (suadouro), tremores, tensão muscular, aumento das secreções (urinárias e fecais), aumento da motilidade intestinal, cefaléia (dor de cabeça). Toda essa excitação acontece haja uma descarga de um neurotransmissor chamado noradrenalina que é produzida nas Supra-renais, Lócus Cerúleos e Núcleo Amigdalóide. Isso acontece devido a necessidade do nosso sistema nervoso central e a da nossa mente, a uma situação de conforto e de segurança, para que possamos usufruir da sensação de repouso e de bem estar.
A bíblia nos adverte “não andeis ansioso por coisa alguma”. A ansiedade de certa forma gera uma falsa expectativa em relação ao futuro. E muitas vezes gera em nós uma visão distorcida daquilo que é a realidade, ou seja, a ansiedade deturpa nossa visão em relação ao propósito de Deus, trazendo de volta as evidências de soberba e orgulho por acharmos que saberíamos fazer melhor do que Deus, a dúvida por questionarmos o plano de Deus, a vergonha por acharmos que estamos no lugar errado, levantando as evidências do nosso passado, despertando assim a falta de perdão. Assim, afundar a ansiedade é antes de mais nada, afundar definitivamente as evidências de coisas que já vencemos.
Naamã estava ansioso pelo final da história, principalmente por causa do tempo que ele havia sofrido por causa de sua lepra. Assim, era natural que no 5º mergulho surgisse ansiedade. Afinal onde há roubo, há ladrão, por isso fique atento, e tenha cuidado, a ansiedade excessiva revela falta de fé. Ansiarmos por algo não faz parte da nossa natureza humana, contudo, quando essa ansiedade rouba a nossa fé, temos que analisar onde esta o foco da nossa expectativa. 
Vemos no livro de Daniel, como o autor expõe a soberania de Deus em relação ao tempo e ao espaço. No capitulo 2 versículo 20 diz: “é Deus quem estabelece reis e os tira, é Ele que muda as estações”.
Deus que não permite que o verão seja verão pra sempre, ou que o inverno seja inverno pra sempre. É Ele que muda as estações da nossa vida. Mais do que ninguém Deus sabe quando é a hora de mudar as situações contrárias a favor das nossas vidas. Muitas vezes quando as coisas estão ao nosso favor relaxamos e deixamos de buscar a Deus, então Deus muda as estações para que possamos sentir Sua falta e possamos voltar em nossa busca incansável por Ele. Como vimos a ansiedade é gerada devido a sensação de perigo, e é evidente que Naamã via a sua frente a possibilidade dos próximos mergulhos não funcionarem, não surtirem efeito. Por isso que, para obedecer a Deus precisamos correr riscos, precisamos ser ousados.
A história de Naamã me leva crer que ele não tinha uma lepra, e sim sete tipos de lepras, e essas lepras o levaram ao caos pessoal. As possibilidades do método sugerido por Eliseu  não funcionar eram grandes, assim como o risco dele voltar para sua terra com a mesma lepra que ele chegou. Porém Deus prova por meio de Sua Palavra, que uma vez que nos aproximemos diante D'Ele com confiança, não há nenhuma possibilidade de sairmos da mesma forma. Uma vez que encontramos Sua presença, a mutação é inevitável, assim como o milagre. Fazer milagres pra Deus não é o problema, o problema é quando não mostramos nenhuma sede de Deus. Lembre-se que nossa sede determinará a intensidade do mover de Deus. Se Naamã chegou até aqui, é porque ele estava interessado naquilo que Deus tinha pra ele , e isso gerou em Deus a vontade de curá-lo A intensidade da minha expectativa em relação a presença de Deus, movera o coração de Deus ao meu favor.
O sacrifício mede o a intensidade da manifestação. Temos a escolha de que tipo de crente queremos ser. Religiosos, ou buscadores intensos da presença de Deus.
Dayene Roberta.

O 4º Mergulho de Naamã (FALTA DE PERDÃO)



É obvio que sem Deus e sem a coragem do profeta de liberar a palavra sobre Naamã a cura não aconteceria. Porém, sem a incrível informação de uma menina que era sua escrava isso já mais aconteceria. Aquela menina israelense era prisioneira de guerra e foi trabalhar na casa de Naamã, além de ser serva do general, ela nunca esqueceu que era antes de tudo uma serva de Deus, e isso nos dá a maior lição de vida. Ela não guardava rancor, nem ódio contra o seu patrão, pelo contrário, queria o bem daquela família. E é aí que se mostram os verdadeiros cristãos, não sou cristão porque digo que amo a Cristo, mas sou cristão porque o represento de maneira responsável, santa e íntegra enquanto estou na terra. A palavra do Senhor nos diz em Filipenses 4:8: “tudo o que é puro, tudo o que é reto, tudo o que é integro, se há alguma virtude nisto pensai.”

A serva não foi omissa nem se calou. Ela testemunhou sobre o poder de Deus e influenciou aquela família. Por isso creio que o 4º mergulho assim como os três primeiros foi fundamental para cura, porque ele teve que vencer seu quarto e pior inimigo a FALTA DE PERDÃO. A bíblia não nos dá detalhes explícitos, porém já sabemos que para alguém que era leproso naquela época, havia inúmeras dificuldades. Primeiro que eles não podiam morar no mesmo lugar de pessoas comuns, depois se eles se aproximassem de pessoas que não tinham lepra eles tinham que sair gritando “pessoa impura.. pessoa impura”, chegando ao cúmulo de quem era leproso ter que usar um sininho, e tinha que sair sacudindo o sininho anunciando a chegada de alguém que era leproso.
Precaução ou não, essa medida de segurança com certeza causava marcas irreparáveis nas emoções de quem era leproso. Naamã vence sua soberba, vence suas dúvidas, vence sua vergonha, e agora no 4º mergulho era hora de deixar o passado para trás, porque ele estava a apenas três mergulhos de ficar curado. Nesse momento, seu passado, poderia prejudicar a atuação de Deus, já que mais do que nada, Deus o estava livrando de suas impurezas, não apenas físicas, mas emocionais e espirituais. Era o momento de sua redenção. Quando aceitamos a Cristo, não somente recebemos todas as suas bênçãos, como também somos enxertados N'Ele, ou seja, somos submergidos N'Ele.
Por isso que o apóstolo Paulo declara com propriedade (Romanos 8:35), que nada pode nos separar do amor Cristo, porque uma vez enxertados é quase que impossível tirar-nos de lá.
Naamã estava sendo batizado em Cristo, porque além de todas as evidências claras sobre isso, ele se batiza no rio onde o Messias viria a alguns milhares de anos depois a batizar-se também. Naamã estava sendo enxertado em Cristo, e quando isso acontece, uma das coisas que ele quer nos livrar é do nosso passado. A palavra de Deus nos diz se o filho de Deus vos libertar, verdadeiramente sereis livres (João 8:36). O plano de Deus era fazer de Naamã e nos fazer verdadeiramente livre. A salvação que Jesus oferece é total!!!.
Quando Jesus foi a cruz, Ele nos provou, que a única coisa que poderia prender um homem que calou o vento e aquietou o mar, andou sobre as águas, multiplicou pães e peixes e curou a milhares de enfermos, não eram os pregos na cruz, e sim o Seu amor por nós. E o mais impressionante é ver que milhares de anos não nos podem separar desse amor. Pense bem:  pra quem tinha feito o que Ele fez, uns pregos não eram nada. Por isso que no 3º mergulho Naamã teve que perder a vergonha, porque Jesus não ousou ter vergonha de nós. O que Naamã precisava se libertar agora era de todas as chacotas e zombarias que fizeram sobre ele, de toda historia de sofrimento e de dor, que apesar dele ter vencido muitas batalhas, nenhuma vitória apagava o fato dele ser leproso. 
O apóstolo Paulo declara: "uma coisa só eu faço, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e olhando as que estão adiante, prossigo para o alvo da soberana vocação de Cristo Jesus" (Filipenses 3:13). O que Paulo esta dizendo é a mesma coisa que o soldado de Naamã disse no versículo vs. 13: "...se ele tivesse pedido algo difícil (pela cura) você não faria?" Paulo diz, não estou fazendo nada complicado, uma coisa só eu faço: esqueço-me para prosseguir. É uma condição. Para que eu consiga ver o que esta na minha frente tenho que deixar de olhar pra traz. Para que eu consiga segurar as bênçãos que virão tenho que soltar as más e as boas experiências que já foram. Não é difícil, depende apenas de uma decisão.
A falta de perdão é uma chaga que tem se espalhado na humanidade e principalmente no meio do povo de Deus. Estar livre dessa lepra, significa responder ao mesmo chamado de amor que recebemos de Cristo. Livre-se hoje do seu passado, e espere com expectativas o seu futuro. Pois estou plenamente certa de que Aquele que começou a boa obra aperfeiçoara no dia do Senhor. (Filipenses 1: 6).
Dayene Roberta.

O 3º Mergulho de Naamã (VERGONHA)



O homem Naamã – Aparência x Essência
Naamã era grande perante os outros. Tinha autoridade, posição, títulos, riqueza, poder e glória humana, “porém era leproso”. O “porém” desvaloriza tudo o que foi dito antes. Na intimidade ele sabia que era um enfermo. Suas roupas militares eram bonitas, talvez repletas de medalhas, mas, por baixo delas, sua carne apodrecia.
Naamã era um homem de guerra e, através de seu comando, a Síria se tornou um grande país. Mas a lepra o impediu de desfrutar tudo aquilo que conquistou. Ele tinha tudo, mas não tinha nada. A pior coisa na vida de um homem é ter algo que não pode desfrutar.
Vimos no 1º mergulho que Deus já havia estabelecido o propósito de afundar de uma vez  a SOBERBA do grande comandante, porque ao vencer seu orgulho indo procurar ajuda de um antigo rival, e também o preconceito de lavar-se em um rio sujo e que acima de tudo não estava em suas terras, mais uma vez o homem prova que ao descer de sua posição para obedecer a Deus e estar na sua total dependência, temos o sucesso garantido. O homem só é cheio de Deus, quando alcança o estágio de total esvaziamento de si mesmo.
No 2º mergulho, começa a aumentar em grande potência algo que tem paralisado a muitos, que é a DUVIDA. A dúvida rouba a fé, e mina as esperanças. Quando duvidamos do nosso propósito, das promessas de Deus e da eficácia da igreja de Cristo na terra, em pouco tempo estaremos vivendo a escassez e solidão.
Para mergulhar no rio, é provável que Naamã precisasse tirar a sua roupa, revelando sua lepra perante os seus servos. Seria humilhante para ele. Então no 3º mergulho Naamã vence a VERGONHA, não apenas de toda sua condição física, mas a vergonha de estar fazendo algo que ele não sabia que poderia dar resultados bem diante dos olhos de seus escravos. Ele devia descer ao rio, descer da sua posição, descer do seu orgulho.
Deus estava querendo ensinar-lhe que a obediência parcial não resolve. Queremos resultados imediatos. O homem moderno, principalmente, quer tudo “para ontem”, mas Deus não faz as coisas do nosso jeito. Naamã obedeceu completamente à palavra do profeta, ou seja, a palavra de Deus. Esse 3º mergulho revela o poder mais sobrenatural de todos, que é o poder de Cristo fazendo-se pecado e vergonha para vencer o inferno e tomar as chaves de Satanás. Por Cristo não ter tido nenhuma vergonha ao se expor ao ridículo naquela cruz, o mínimo que Ele espera de nós é uma reação extravagante diante de Sua presença. Se queremos viver algo de Deus que nunca vivemos, temos que fazer algo para Ele que nunca fizemos.
O nível do sacrifício que oferecemos a Deus, determinara o nível de manifestação de Sua presença. No livro de João capitulo 4, Jesus passa por Samaria (e a bíblia ainda diz que era necessário que isso acontecesse). Jesus se encontra com uma mulher em um dos seus piores estado de vergonha, com quatro casamentos falidos, e um adultério em seu currículo. Essa vergonha é exposta exatamente por causa da hora que ela estava buscando água, uma hora que nem uma mulher mais pegava água do poço. Mas era necessário que Jesus passasse por Samaria naquela hora, vencendo todo preconceito de falar com um samaritano e ainda pior, uma mulher.
Jesus começa uma conversa informal. Até, que aquela mulher revela sua real necessidade, e o melhor de tudo que era para pessoa certa, a única pessoa que podia curar suas necessidades. Jesus se revela como profeta, e como o Messias, que viria saciar a sede. Então Jesus faz uma de suas mais poderosas declarações: - “Mas a hora vem e é agora, em que os verdadeiros adoradores, adorarão ao pai, em espírito e em verdade”(João 4:23). Ou seja, Deus está buscando adoradores que adorem ao pai, fundamentados na Palavra, que conheçam profundamente a Palavra, porque o mesmo Jesus nos diz que “aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama”(João 14:21). Ou seja, a maior prova de que amamos a Deus é o tanto que nos interessamos por sua Palavra. E também adoradores que adorem em espírito. Esse é o âmbito sobrenatural que Deus quer que O adoremos.
Sem reservas, sem timidez, sem preconceitos. O medo de adorar a Deus muitas vezes revela o quanto estamos submergidos na intimidade com Ele. O nível da minha sede de Deus determinará o nível de sua manifestação a mim. A minha atitude diante de Deus, revela mais do que as minhas palavras podem dizer.
Talvez dentro de si, Naamã sabia que existia um Deus que o ajudava em suas batalhas, porém havia um medo em Naamã de revelar sua fé. Até mesmo porque toda sua nação, inclusive, seu rei que o estimava tanto, servia a outros deuses. Esse medo é exposto até mesmo depois de sua cura no versículo 17, onde Naamã pede para Elizeu a permissão para levar um pedaçinho da terra de Israel, para que ele pudesse adorar a Deus na terra de Deus. Isso prova além do medo de voltar a sua terra e expor sua nova fé no Deus verdadeiro ao seu povo, tem também a falta de revelação de Naamã em achar que Deus se limita a manifestar-se em um só lugar.
Isso me mostra, que provavelmente quando formos submergidos nesse 3º mergulho da libertação da vergonha, nossa vergonha de nos expor a Deus não desaparecerá da noite para o dia, porém, se tivermos a atitude e a vontade de que ela desapareça ao longo do tempo, seremos os adoradores mais extravagantes que Deus está procurando. Eu não sei qual o nível da sua timidez para adorar a Deus, o que eu sei é que Deus quer que você vença isso hoje. Amém???
Dayene Roberta.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O 2º Mergulho de Naamã (DÚVIDA)



Naamã era um homem que apesar de não servir a Deus, já estava listado no "caderninho de Deus". No versículo 1 do capitulo 5 o autor descreve que apesar de Naamã não servir a Deus, Deus já havia lhe ajudado. Isso prova mais uma vez que o que fazemos não pode mudar os pensamentos de Deus ao nosso respeito.

Uma das coisas importantes e que foi determinante na sua cura, é que Naamã reconheceu que precisava de ajuda, ou seja, apesar de muitas vezes acharmos que faríamos melhor sozinhos, necessitamos entender que nunca chegaremos a lugar nenhum se estivermos sós, sempre dependeremos de alguém para chegar ao topo, mesmo que seja alguém que nos trouxe experiências negativas, essas experiências nos incentivaram a não desistir, sempre haverão pessoas que serão ferramentas úteis para a chegada ao sucesso. Um homem como ele, que havia conquistado o carinho e a total confiança de seu rei, precisou engolir muito sapo pra pedir ajuda fora de suas terras.

Vimos no 1º mergulho que Deus já havia estabelecido o propósito de afundar de uma vez a soberba do grande comandante, porque ao vencer seu orgulho indo procurar ajuda de um antigo rival, e o preconceito de lavar-se em um rio sujo e que acima de tudo não estava em suas terras, mais uma vez o homem prova que ao descer de sua posição para obedecer a Deus e estar na sua total dependência, temos o sucesso garantido.
No 2º mergulho, começa a aumentar em grande potência algo que tem paralisado a muitos, que é a DÚVIDA. Imagino que nessa altura do campeonato não era pequena a dúvida no coração de Naamã sobre a eficácia de seu tratamento. Nessa época não havia tratamento para a lepra, a providência tomada para os leprosos foi construir uma cidade bem longe do alcance de todos, para que pudessem viver de maneira solitária até sua morte. Morte que para quem era escravo dessa doença não era o pior e sim uma esperança de alivio. Se você ler o capitulo 7 no versículo 4 do livro de II Reis, vemos o relato de alguns leprosos que planejam entrar na cidade, sobre seu raciocínio que se morressem assassinados ou pela doença era a mesma coisa, isso mostra o pensamento de alguém que era escravo que encarava a morte como alivio.
Não é pecado duvidarmos da palavra de Deus, o que é pecado é não obedecer. Muitos são os relatos de grandes homens de Deus que duvidaram da promessa de Deus, porém desses que duvidaram somente os que perseveraram alcançaram a concretização dessa promessa. Ou seja eu posso duvidar, mas se eu quero que as promessas se cumpram o que eu não posso fazer é não obedecer.
Cansar e desanimar é justo para os que estão na batalha, o que não se pode fazer é desistir. Eu tenho direito de querer arriar a cruz, o que eu não posso é abandona-la. No evangelho de Marcos 8:34 Jesus da as cartas, e as condições para os que desejam seguir: "Aquele pois que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me". Jamais Ele disse que seria fácil, porém, podemos ter a confiança do que diz Sua palavra, de que ninguém tem o fardo maior do que possa carregar.
Creio que a atitude de Elizeu revela o desejo de Deus de submergir a velha criatura de Naamã, fazendo ressurgir um novo homem não somente físico, porém, espiritualmente com pele de criança. Os mergulhos de Naamã tiveram uma transcendência poderosa em sua vida. Cada um dos mergulhos provaram não somente uma atitude de fé na palavra do profeta, mas também de confiança em um propósito divino.
A dúvida rouba a fé, e mina as esperanças. Quando duvidamos do nosso propósito, das promessas de Deus e da eficácia da igreja de Cristo na terra, em pouco tempo estaremos vivendo a escassez e solidão. Como vimos outrora, Moisés diante do mar da duas ordens aquietai-vos e vede. Tudo porque o que falamos esta diretamente ligado ao que cremos. A bíblia diz que a boca fala do que o coração esta cheio. E tudo na nossa vida esta ligado aquilo que cremos. Nós somos o resultado de nossa fé. Jó declara aos seus amigos que sabia em quem cria. E nós cremos o suficiente na palavra de Deus para lançar-nos em seus braços com as luzes apagadas?
Quando começamos a crer de todo o coração que somos um fracassado, tudo o que fazemos fracassa, porque somos resultado daquilo que cremos. Naamã tinha dinheiro e influência, capazes de materializar o sonho de qualquer sonhador, porém, estava diante de uma situação constrangedora tendo que se submeter a palavra de um homem que praticamente o humilhou, ao nem sequer se dar o trabalho de encontrar-se com surpreendentemente famoso comandante, do exército da Síria.
Vencer os fortes exércitos no decorrer de sua vida foi difícil, porém seu maior desafio fora os 7 mergulhos. Primeiro ele vence a si mesmo (sua própria soberba), depois, vence sua dúvida. Imagine o que ainda haveria de vir. Todavia faltam 5 mergulhos. Qual será o propósito de Deus em tudo isso? Nossa historia ainda não acabou, se vivo estamos, algum propósito ainda há de ser revelado a nós. Prepare-se pois os 5 mergulhos ainda nos trarão grandes lições.
Dayene Roberta.

O 1º Mergulho de Naamã (SOBERBA)



"E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu SENHOR, e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso. E saíram tropas da Síria, da terra de Israel, e levaram presa uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel. 
Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas. 
E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra. 
E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim um homem, para que eu o cure da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim. 
Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. 
Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu. 
Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado. 
Porém, Naamã muito se indignou, e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, por-se-á em pé, invocará o nome do SENHOR seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. 
Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação. 
Então chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado. 
Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, Conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado". 
2 Reis 5:1-14


Vemos nesse texto a história de um homem que podia dizer que tinha de tudo; prestígio, dinheiro, fama, e tudo mais que uma pessoa normal sonharia em ter. Era herói de guerra, sua farda estava cheia de condecorações por seus atos de bravura, seu nome ocupava as manchetes de todos os jornais da época.Talvez somente essas informação já fossem o  suficiente para compreender a quantidade de barreiras e de preconceitos que esse homem teve que enfrentar até chegar onde chegou. Contudo, Naamã era leproso; um grande sucesso para o público, e um imenso fracasso pessoal.
Agora o que é essa doença? A lepra é uma doença transmissível, causada por uma bactéria, que afeta na maioria dos casos a pele e os nervos. Ela progride lentamente, geralmente um período de incubação de 3 (três) anos. A principal característica de alguém que possui essa doença é a perda da sensibilidade ao calor e a dor, culminando geralmente na mutilação de partes do corpo. Hoje existem remédios que podem trazer a cura, desde que diagnosticado em seu começo. 
Agora, traga essa doença para o âmbito espiritual. Naamã é a simbologia do estado espiritual de muitos crentes hoje. No mundo espiritual a lepra representa o pecado. E assim como a doença física, o pecado causa morte espiritual e posteriormente leva a morte física.
Preste atenção se você ou alguém que você conhece não esta com esses sintomas de lepra:
·         Perda da sensibilidade ao calor (não sente mais a presença de Deus), o fogo e a paixão de Deus não ardem mais. E por mais que Deus faça, não sentimos nada. Ou pior ainda, nos tornamos insensíveis a necessidade alheia, somente conseguimos enxergar nossas próprias necessidades.
·         Manchas no corpo, ou seja, o pecado já esta tão impregnado na pele, que aquilo que a alguns anos atrás era abominável pra nós, hoje se torna a coisa mais normal do mundo.
·         Torna-se uma doença transmissível, ou seja, já estamos tão insensíveis para as coisas de Deus, que a única coisa que nos resta é transmitir nosso veneno a outras pessoas.
·         Mutilação de partes importantes do corpo, ou seja, quando estamos insensíveis, e nos tornamos contagiosos, logo vemos que parte do corpo de Cristo começa a ser afetada por nossa causa.
Uma das servas de Naamã havia dito a esposa dele sobre Eliseu. Naamã vai ao seu rei e pede pra que ele mande uma carta ao rei de Israel, provavelmente para autorizar sua entrada em Israel. O rei de Israel então recebe uma carta do rei Sírio, e como já havia acontecido alguns conflitos entre Síria e Israel, mas estavam em um tempo de paz e colaboração, o rei se desespera por encontrar uma oportunidade de ajudar um antigo inimigo que atualmente era aliado, porém não tinha recursos para isso.
O rei rasga suas roupas com uma mistura de raiva e frustração por não poder ajudar. Naamã procura Elizeu e ao contrario do que pensava, Elizeu nem o recebeu, talvez porque fosse leproso, e havia uma lei que proibia a qualquer um de ter contato com leproso, tanto que o único relato de alguém que tocou em um leproso foi o de Jesus. Ou pode ser também que Eliseu simplesmente queria mostrar ao senhor incrível (comandante), que diante de Deus somos todos iguais e ninguém merece glória a não ser Ele. 
O primeiro mergulho de Naamã não o livra da lepra, e sim da sua SOBERBA.
II Crônicas 7:14 diz: ”se o meu povo que se chama pelo meu nome se humilhar e orar e buscar a minha face e se arrepender dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céus perdoarei seu pecado e sararei a sua terra.”
Para que o comandante Sírio pudesse ser curado, o primeiro mergulho foi fundamental, porque foi a prova de total submissão a vontade de Deus revelada através de seu profeta. O que ele queria dizer no versículo 12, que ele conhecia outros rios melhores é porque o Jordão era um rio muito sujo, e para um comandante tão renomado se rebaixar a tanto era uma ofensa. Porém, assim como Deus faz hoje, muitas vezes Deus nos pede algo que fere nosso conceito para provar nossa total submissão a sua autoridade. O primeiro mergulho foi fundamental, porque foi a hora que Deus vence o homem, Deus vence a soberba. Ao final dos 7 mergulhos ele foi limpo, porém o primeiro revela a total dependência do homem a Deus.
Assim como foi com Moisés e o povo hebreu, assim como foi com Josué, Deus espera que dependamos de Suas Forças, de Sua Estratégia e de Seu Poder. O que temos não vale pra Deus. O que somos não surpreende o Criador, porém quando nos voltamos a Ele, Ele nos ouve, e estende Suas Mãos Poderosas. Todo reconhecimento humano não pode se comparar com a Glória que Deus quer revelar para nossas vidas.
Atrevamo-nos -se a crer!!! Que possamos dar o nosso primeiro mergulho!!! Livremo-nos da soberba, permitamos que Deus nos vença para que Ele revela sua vontade que é boa, perfeita e agradável.
Dayene Roberta.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Voz de Muitas Águas...



“Eu vi a glória do Deus de Israel que vinha do oriente. A sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória”. 
Ezequiel 43:2

O profeta Ezequiel ouviu a voz do Senhor e foi este o testemunho acerca dela: era como a voz de muitas águas! Contudo, esta não foi a única ocasião em que ele a descreveu desta maneira. Logo no início de seu livro, encontramos um outro relato a respeito de uma visão que fora dada pelo Senhor, no qual Ezequiel, tece comentários sobre a voz do Senhor:
“ Andando eles ouvi ruídos das suas asas, como ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, a voz de um estrondo, como estrépito de um exército; parando eles, abaixavam suas asas”. Ezequiel 1:24

É importante ressaltar as expressões “ruído” e “estrondo” ao se falar da voz do Senhor, como sendo uma voz de muitas águas, pois neste paralelo, a verdade que se quer transmitir não está necessariamente ligada à água, mas sim ao BARULHO que ela faz. Além do profeta Ezequiel também encontramos outro profeta (Jeremias), dando testemunho disto:
“Fazendo Ele [Deus] ouvir a sua voz, grande estrondo de águas há nos céus, e sobem os vapores desde os confins da terra. Envia os relâmpagos com a chuva, e tira o vento dos seus tesouros”.Jeremias 51:16

Tal qual os dois profetas Ezequiel e Jeremias, o apóstolo João em seu exílio na Ilha de Patmos, também teve uma profunda experiência com Deus, na qual viu o Senhor ressuscitado e ouviu a Sua voz, e exatamente como os dois profetas mencionados, seu relato enfatiza ser esta uma característica pertencente à voz de Deus:
“Os Seus pés eram semelhantes a latão reluzente, como que refinado numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas”. Apocalipse 1:15

Temos, portanto, três testemunhos importantíssimos: o de Ezequiel, o de Jeremias e também o de João; todos ressaltando que a voz do Senhor era como a voz de muitas águas, e ainda mais importante, de acordo com a Bíblia, aquilo que se diz pela boca de duas ou três testemunhas estabelece toda a questão (2 Coríntios 13:1), isto posto, esta descrição a respeito da voz do Senhor, não é apenas um exemplo, uma alegoria, ou ainda uma figura de linguagem, é uma doutrina. Não se trata de um detalhe em meio a uma descrição, mas sim de uma ênfase das Escrituras. A VOZ DO SENHOR É COMO A VOZ DE MUITAS ÁGUAS!!! E Deus quer que entendamos e vivamos esta verdade!!! Sua Voz em nossas vidas deve ser como a voz de muitas águas!!!

O Significado
Se a expressão voz como de muitas águas, não é apenas uma menção ou detalhe, mas sim uma ênfase e doutrina escriturística, então é de suma importância que compreendamos o significado da terminologia bíblica. O que é ter voz como de muitas águas? Não é a quantidade de água em si que oferece o exemplo utilizado nas Escrituras, mas como vimos anteriormente, a expressão parece estar ligada a outros termos como “ruído” e “estrondo”, daí podemos concluir que, o exemplo na verdade, está ligado ao BARULHO das águas. Alguém pode estar no meio do oceano, olhar à sua volta e ver muitas águas, mas ainda sim estar tudo em silêncio; não é a quantidade água em si, que a Bíblia fala, mas sim de seu ruído.
Eu creio que o paralelo que Deus oferece, agregado a intensidade da voz divina, é: as quedas d’águas, as cachoeiras, as cataratas, ou ainda qualquer outro nome que aponte para o ruído de águas, como as ondas no mar, as tempestades (chuvas), onde a quantidade, ou melhor, onde quanto maior for o volume de água, maior será o seu ruído...
Quando nos aproximamos de grandes quedas d’águas, como por exemplo, as Cataratas do Iguaçu, é possível observarmos que quanto maior o volume de água, maior será o ruído que ouviremos. Já tive oportunidade, há alguns anos atrás, de visitar essa beleza natural, e mesmo ouvindo  ao fundo o ruído das águas, o barulho não era suficiente para impedir que conversássemos com alguém, era possível ouvirmos uns aos outros, visto que nós os visitantes ficávamos a uma certa distância das quedas, não tínhamos como nos aproximarmos mais. Em alguns momentos podíamos até mesmo molhar as nossas roupas, haja vista o nível de umidade do ar nas plataformas de observação, contudo, nem mesmo nos pontos mais próximos das quedas, nem assim o som das quedas prevalecia, ao som das nossas vozes. Todavia, se formos a uma cachoeira de menor volume d’água e também de menor queda, e nos posicionarmos bem debaixo dela, ou ainda, bem próximo às pedras onde ocorre a queda, poderemos experimentar o barulho prevalecendo ao som de nossas vozes, nos impedindo até mesmo de conversarmos.
O ruído de muitas águas é, em outras palavras, um ruído que encobre os outros ruídos. Assim também é a voz do Senhor: UMA VOZ QUE ENCOBRE AS OUTRAS VOZES!!! Eis aqui, um princípio poderosíssimo: DEUS QUER QUE SUA VOZ CHEGUE COM TAMANHA INTENSIDADE EM NOSSAS VIDAS, AO PONTO DE NÃO OUVIRMOS MAIS NENHUMA OUTRA VOZ!!! Ele quer que a sua Palavra PREVALEÇA sobre toda e qualquer voz deste mundo, a ponto de podermos afirmamos como em Éfeso: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia” (Atos 19:20).
O que aconteceu naquela cidade da Ásia, pode e deve acontecer conosco!!! Afinal não foi na cidade em si que a Palavra cresceu, foi na vida dos habitantes dela, e se aconteceu lá, pode também acontecer conosco!!! A medida que damos espaço à Palavra do Senhor, inclinando nosso coração à ela, experimentamos uma INTENSIDADE MAIOR  de Sua operação em nossas vidas. Mas note que a Palavra não apenas crescia, mas PREVALECIA. E prevalecia sobre o quê? Sobre outras vozes e ruídos. Isto que é experimentarmos a voz do Senhor como voz de muitas águas, é ouvi-la tão intensamente que não ouvimos mais nenhuma outra voz!!! Infelizmente há pessoas que experimentam justamente o contrário: as outras vozes é que vivem encobrindo a voz do Senhor em suas vidas.
Mas há um fator determinante que diferencia um grupo do outro. Não poderia a Palavra de Deus, sem um motivo razoável, prevalecer na vida de um e não na do outro. O que determina essa diferença?

A Distância
Como o exemplo citado acima, a distância que permanecemos da água, influencia e muito, se o barulho da queda d’água, prevalecerá ou não, sobre todos os outros sons. Assim também se dá com a voz de Deus, se nos aproximarmos de sua Palavra, ela encobrirá todas as outras vozes, todavia, se nos distanciarmos, podemos chegar a um ponto, onde os outros ruídos acabem sendo mais altos do que a Palavra de Deus em nossas vidas. O propósito divino é que estejamos tão próximos da Palavra, que Ela prevaleça sobre toda e qualquer voz, abafando-a por completo.
Aqui não estou me referindo à quantidade de conhecimento que temos da Bíblia, ou a quantidade de leitura que fazemos dela, mas sim da proximidade que temos da Palavra!!! A quantidade de água não afeta tanto, quanto a PROXIMIDADE dela... O que faz a diferença não é o tanto de água que cai, mas se estamos ou não próximo a ela!!! Semelhantemente, há crentes que conhecem a Bíblia há muitos anos, e se considerarmos o tanto que leram e estudaram a Bíblia, poderemos compará-los ao volume das águas de Foz do Iguaçu, e olha que é muita coisa!!! Mas se não viverem próximos da Palavra, todo esse volume de águas não será o suficiente para abafar as outras vozes existentes em suas vidas!!!
Por outro lado, existem irmãos que pelo tempo que servem ao Senhor, suas águas (conhecimento da Palavra) são de um volume tão menor que as de Foz de Iguaçu, que só podem ser comparadas a uma pequena queda d’água, contudo estes que vivem tão próximos da Luz, que possuem da Palavra, têm o suficiente para PREVALECER em suas vidas e abafar as outras vozes. Por tanto não é estar em Foz de Iguaçu ou uma pequena cachoeira, que determina a diferença, mas sim a que distância cada um se encontra de suas águas!!! Se o mais novo na fé e de menor conhecimento entrar debaixo de sua cachoeira, e o mais velho na fé e de maior conhecimento, permanecer longe de sua catarata, em quem a Voz de Deus está chegando mais alto??? É óbvio que é naquele que se aproxima mais, e não do que conhece mais!!! A voz do Senhor será como de muitas águas, encobrindo as outras vozes e ruídos, somente quando nos colocamos mais próximos a ela!!!

O que é estar mais Próximo???
É não apenas ler e conhecer as Escrituras, mas permitir que o Espírito Santo trabalhe em nós com a Palavra de Deus. Por exemplo: eu posso ser uma profunda conhecedora (e até mestre) da fé bíblica, dizer às pessoas que as Escrituras dizem isso ou aquilo, mas na minha vida cristã, na hora em que eu precisar exercitar a minha própria fé, acabar sendo vencida pela voz da dúvida; já um cristão, novo convertido, que não tenha nenhuma bagagem bíblica profunda, e nem saiba explicar a fé, pode ler uma porção da Palavra, uma promessa quem sabe, e permitir que o Espírito Santo trabalhe em seu íntimo revelando Sua Mensagem, o que fará com que Ela se torne voz como de muitas águas em sua vida, terá então provado o poder da Palavra  do Senhor, abafando a voz da incredulidade, e vencendo no combate da fé.
Não estou aqui dizendo que não há valor em estudar e conhecer as Escrituras, muito pelo contrário, devemos nos dedicar a isto o máximo que pudermos a fim de nos atentarmos ao que Palavra diz em Oséias 4:6ª e 2 Timóteo 2:5. Quem dera que cada crente lutasse contra a ignorância, em busca de mais e mais conhecimento da Palavra de Deus, seria uma verdadeira revolução!!! Contudo, o que quero dizer na verdade, é que apenas esse conhecimento não basta, e nem tampouco determina o sucesso de nossa vida cristã. Precisamos conhecer e NOS MANTER PRÓXIMOS da Palavra da Verdade, não nos distanciando dela por nada!!!
Distanciar-se não é deixar de saber, mas sim deixarmos de ser sensíveis, de viver e experimentarmos aquilo que conhecemos através do nosso conhecimento. Distanciar-se é na verdade perder a consciência espiritual daquela verdade e, conseqüentemente, impedir que o Espírito Santo prossiga trabalhando naquela determinada área de nossas vidas.
No dia que se chama hoje, o nosso Pai Celeste nos convoca, para que nos aproximemos novamente das águas e permitamos que elas abafem as outras vozes e ruídos em nossas vidas.

Diferentes tipos de Vozes
Ao escrever aos coríntios, Paulo mostrou nos capítulos 12 e 14 de sua primeira epístola, que Deus é um Deus que fala. Diz Paulo que já não servimos aos ídolos do mundo (1 Co 12:2), mas sim ao Deus vivo que fala com cada um de nós, e em seguida menciona os dons do Espírito, sendo eles diferentes meios pelo qual o Senhor fala; todavia, também deixou claro que existem outros tipos de vozes a que estamos suscetíveis:
“Há, por exemplo, muitas espécies de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significado”. 1 Coríntios 14:10

Lemos, portanto, que não somente há línguas diferentes, como também VOZES diferentes. Ouvimos muitas espécies de vozes em nossa vida espiritual: o diabo, o mundo e a carne. Todos esses cruéis inimigos tentarão de todas as formas abafar a voz de Deus em nossas vidas. Entretanto, se permitimos que a Palavra de Deus se manifeste como voz de muitas águas, então serão as demais vozes que serão encobertas e a Palavra do Senhor PREVALECERÁ.
Há muitos tipos de vozes no mundo. Às vezes sentimo-nos pressionados a dar ouvidos a uma voz que não se harmoniza com a de Deus, até reconhecemos que a voz do Espírito Santo diz o oposto, passamos a ter consciência de que estamos errados, mas ainda assim, ficamos de tal maneira presos e embaraçados, que acabamos por seguir na direção errada. Quando isso acontece, nos frustramos, nos condenamos, nos lamentamos e nos questionamos: por que não ouvimos a Palavra de Deus??? Como é possível saber o que o Senhor diz, e ainda assim fazermos o contrário??? E a resposta é só uma: estamos distantes de Deus naquela área.
Se nos aproximarmos do que Deus diz, recebendo a vida e a revelação do Espírito Santo naquela área, então as outras vozes serão encobertas; entretanto, se nos afastarmos da Palavra VIVA, então as demais vozes é que se sobressairão. Que voz tem prevalecido em sua vida???
Que possamos refletir sobre essa verdade, que possamos lutar contra as vozes: da tentação, da maioria, da dúvida, da ganância, dos mexericos, do desânimo, do preconceito, do medo, do comodismo e tantas outras; sempre lembrando que o princípio da vitória é VOLTAR A PALAVRA DO SENHOR!!! Devemos não apenas ler, mas também meditarmos na Palavra, e deixar com que o Espírito da Verdade, opere em nosso íntimo, avivando nossa consciência espiritual...
Que Deus nos abençoe, e que Sua Voz fale mais alto em nossas vidas!!!
Dayene Roberta