Naamã era um homem que apesar de não servir a Deus,
já estava listado no "caderninho de Deus". No versículo 1 do capitulo 5 o autor
descreve que apesar de Naamã não servir a Deus, Deus já havia lhe ajudado. Isso
prova mais uma vez que o que fazemos não pode mudar os pensamentos de Deus ao
nosso respeito.
Uma das coisas importantes e que foi determinante
na sua cura, é que Naamã reconheceu que precisava de ajuda, ou seja,
apesar de muitas vezes acharmos que faríamos melhor sozinhos, necessitamos
entender que nunca chegaremos a lugar nenhum se estivermos sós, sempre
dependeremos de alguém para chegar ao topo, mesmo que seja alguém que nos
trouxe experiências negativas, essas experiências nos incentivaram a não
desistir, sempre haverão pessoas que serão ferramentas úteis para a chegada ao
sucesso. Um homem como ele, que havia conquistado o carinho e a total confiança
de seu rei, precisou engolir muito sapo pra pedir ajuda fora de suas terras.
Vimos no 1º mergulho que Deus já havia estabelecido
o propósito de afundar de uma vez a soberba do grande comandante, porque ao
vencer seu orgulho indo procurar ajuda de um antigo rival, e o preconceito de
lavar-se em um rio sujo e que acima de tudo não estava em suas terras, mais uma
vez o homem prova que ao descer de sua posição para obedecer a Deus e estar na
sua total dependência, temos o sucesso garantido.
No 2º mergulho, começa a aumentar em grande
potência algo que tem paralisado a muitos, que é a DÚVIDA. Imagino que nessa
altura do campeonato não era pequena a dúvida no coração de Naamã sobre a
eficácia de seu tratamento. Nessa época não havia tratamento para a lepra, a
providência tomada para os leprosos foi construir uma cidade bem longe do
alcance de todos, para que pudessem viver de maneira solitária até sua morte.
Morte que para quem era escravo dessa doença não era o pior e sim uma esperança
de alivio. Se você ler o capitulo 7 no versículo 4 do livro de II Reis, vemos o
relato de alguns leprosos que planejam entrar na cidade, sobre seu raciocínio
que se morressem assassinados ou pela doença era a mesma coisa, isso mostra o
pensamento de alguém que era escravo que encarava a morte como alivio.
Não é pecado duvidarmos da palavra de Deus, o que é
pecado é não obedecer. Muitos são os relatos de grandes homens de Deus que
duvidaram da promessa de Deus, porém desses que duvidaram somente os que
perseveraram alcançaram a concretização dessa promessa. Ou seja eu posso
duvidar, mas se eu quero que as promessas se cumpram o que eu não posso fazer é
não obedecer.
Cansar e desanimar é justo para os que estão na
batalha, o que não se pode fazer é desistir. Eu tenho direito de querer arriar
a cruz, o que eu não posso é abandona-la. No evangelho de Marcos 8:34 Jesus da
as cartas, e as condições para os que desejam seguir: "Aquele pois que quiser
vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me". Jamais Ele disse
que seria fácil, porém, podemos ter a confiança do que diz Sua palavra, de que
ninguém tem o fardo maior do que possa carregar.
Creio que a atitude de Elizeu revela o desejo de
Deus de submergir a velha criatura de Naamã, fazendo ressurgir um novo homem
não somente físico, porém, espiritualmente com pele de criança. Os mergulhos de
Naamã tiveram uma transcendência poderosa em sua vida. Cada um dos mergulhos
provaram não somente uma atitude de fé na palavra do profeta, mas também de
confiança em um propósito divino.
A dúvida rouba a fé, e mina as esperanças. Quando
duvidamos do nosso propósito, das promessas de Deus e da eficácia da igreja de
Cristo na terra, em pouco tempo estaremos vivendo a escassez e solidão. Como
vimos outrora, Moisés diante do mar da duas ordens aquietai-vos e vede. Tudo
porque o que falamos esta diretamente ligado ao que cremos. A bíblia diz que a
boca fala do que o coração esta cheio. E tudo na nossa vida esta ligado aquilo
que cremos. Nós somos o resultado de nossa fé. Jó declara aos seus amigos que sabia
em quem cria. E nós cremos o suficiente na palavra de Deus para lançar-nos em
seus braços com as luzes apagadas?
Quando começamos a crer de todo o coração que somos um fracassado, tudo o que fazemos fracassa, porque somos resultado
daquilo que cremos. Naamã tinha dinheiro e influência, capazes de
materializar o sonho de qualquer sonhador, porém, estava diante de uma situação
constrangedora tendo que se submeter a palavra de um homem que praticamente o
humilhou, ao nem sequer se dar o trabalho de encontrar-se com surpreendentemente
famoso comandante, do exército da Síria.
Vencer os fortes exércitos no decorrer de sua vida
foi difícil, porém seu maior desafio fora os 7 mergulhos. Primeiro ele vence a
si mesmo (sua própria soberba), depois, vence sua dúvida. Imagine o que ainda haveria de vir. Todavia
faltam 5 mergulhos. Qual será o propósito de Deus em tudo isso? Nossa historia
ainda não acabou, se vivo estamos, algum propósito ainda há de ser revelado a
nós. Prepare-se pois os 5 mergulhos ainda nos trarão grandes lições.
Dayene Roberta.
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