quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O 3º Mergulho de Naamã (VERGONHA)



O homem Naamã – Aparência x Essência
Naamã era grande perante os outros. Tinha autoridade, posição, títulos, riqueza, poder e glória humana, “porém era leproso”. O “porém” desvaloriza tudo o que foi dito antes. Na intimidade ele sabia que era um enfermo. Suas roupas militares eram bonitas, talvez repletas de medalhas, mas, por baixo delas, sua carne apodrecia.
Naamã era um homem de guerra e, através de seu comando, a Síria se tornou um grande país. Mas a lepra o impediu de desfrutar tudo aquilo que conquistou. Ele tinha tudo, mas não tinha nada. A pior coisa na vida de um homem é ter algo que não pode desfrutar.
Vimos no 1º mergulho que Deus já havia estabelecido o propósito de afundar de uma vez  a SOBERBA do grande comandante, porque ao vencer seu orgulho indo procurar ajuda de um antigo rival, e também o preconceito de lavar-se em um rio sujo e que acima de tudo não estava em suas terras, mais uma vez o homem prova que ao descer de sua posição para obedecer a Deus e estar na sua total dependência, temos o sucesso garantido. O homem só é cheio de Deus, quando alcança o estágio de total esvaziamento de si mesmo.
No 2º mergulho, começa a aumentar em grande potência algo que tem paralisado a muitos, que é a DUVIDA. A dúvida rouba a fé, e mina as esperanças. Quando duvidamos do nosso propósito, das promessas de Deus e da eficácia da igreja de Cristo na terra, em pouco tempo estaremos vivendo a escassez e solidão.
Para mergulhar no rio, é provável que Naamã precisasse tirar a sua roupa, revelando sua lepra perante os seus servos. Seria humilhante para ele. Então no 3º mergulho Naamã vence a VERGONHA, não apenas de toda sua condição física, mas a vergonha de estar fazendo algo que ele não sabia que poderia dar resultados bem diante dos olhos de seus escravos. Ele devia descer ao rio, descer da sua posição, descer do seu orgulho.
Deus estava querendo ensinar-lhe que a obediência parcial não resolve. Queremos resultados imediatos. O homem moderno, principalmente, quer tudo “para ontem”, mas Deus não faz as coisas do nosso jeito. Naamã obedeceu completamente à palavra do profeta, ou seja, a palavra de Deus. Esse 3º mergulho revela o poder mais sobrenatural de todos, que é o poder de Cristo fazendo-se pecado e vergonha para vencer o inferno e tomar as chaves de Satanás. Por Cristo não ter tido nenhuma vergonha ao se expor ao ridículo naquela cruz, o mínimo que Ele espera de nós é uma reação extravagante diante de Sua presença. Se queremos viver algo de Deus que nunca vivemos, temos que fazer algo para Ele que nunca fizemos.
O nível do sacrifício que oferecemos a Deus, determinara o nível de manifestação de Sua presença. No livro de João capitulo 4, Jesus passa por Samaria (e a bíblia ainda diz que era necessário que isso acontecesse). Jesus se encontra com uma mulher em um dos seus piores estado de vergonha, com quatro casamentos falidos, e um adultério em seu currículo. Essa vergonha é exposta exatamente por causa da hora que ela estava buscando água, uma hora que nem uma mulher mais pegava água do poço. Mas era necessário que Jesus passasse por Samaria naquela hora, vencendo todo preconceito de falar com um samaritano e ainda pior, uma mulher.
Jesus começa uma conversa informal. Até, que aquela mulher revela sua real necessidade, e o melhor de tudo que era para pessoa certa, a única pessoa que podia curar suas necessidades. Jesus se revela como profeta, e como o Messias, que viria saciar a sede. Então Jesus faz uma de suas mais poderosas declarações: - “Mas a hora vem e é agora, em que os verdadeiros adoradores, adorarão ao pai, em espírito e em verdade”(João 4:23). Ou seja, Deus está buscando adoradores que adorem ao pai, fundamentados na Palavra, que conheçam profundamente a Palavra, porque o mesmo Jesus nos diz que “aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama”(João 14:21). Ou seja, a maior prova de que amamos a Deus é o tanto que nos interessamos por sua Palavra. E também adoradores que adorem em espírito. Esse é o âmbito sobrenatural que Deus quer que O adoremos.
Sem reservas, sem timidez, sem preconceitos. O medo de adorar a Deus muitas vezes revela o quanto estamos submergidos na intimidade com Ele. O nível da minha sede de Deus determinará o nível de sua manifestação a mim. A minha atitude diante de Deus, revela mais do que as minhas palavras podem dizer.
Talvez dentro de si, Naamã sabia que existia um Deus que o ajudava em suas batalhas, porém havia um medo em Naamã de revelar sua fé. Até mesmo porque toda sua nação, inclusive, seu rei que o estimava tanto, servia a outros deuses. Esse medo é exposto até mesmo depois de sua cura no versículo 17, onde Naamã pede para Elizeu a permissão para levar um pedaçinho da terra de Israel, para que ele pudesse adorar a Deus na terra de Deus. Isso prova além do medo de voltar a sua terra e expor sua nova fé no Deus verdadeiro ao seu povo, tem também a falta de revelação de Naamã em achar que Deus se limita a manifestar-se em um só lugar.
Isso me mostra, que provavelmente quando formos submergidos nesse 3º mergulho da libertação da vergonha, nossa vergonha de nos expor a Deus não desaparecerá da noite para o dia, porém, se tivermos a atitude e a vontade de que ela desapareça ao longo do tempo, seremos os adoradores mais extravagantes que Deus está procurando. Eu não sei qual o nível da sua timidez para adorar a Deus, o que eu sei é que Deus quer que você vença isso hoje. Amém???
Dayene Roberta.

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