terça-feira, 28 de agosto de 2012

Vinho Novo em Odres Novos...


Quando Jesus disse ter vindo para “lançar fogo sobre a terra” (Lucas 12:49) e não para “trazer paz, mas espada” (Mateus 10:34), como falou verdadeiramente! Ele não se ajustava aos modos familiares do mundo ao qual veio. Mesmo o mais revolucionário pensamento de seu tempo não poderia contê-lo. Suas palavras e Seus modos eram transcendentemente diferentes, inquietantes, ameaçadores; não poderia haver uma síntese calada do velho e do novo, somente uma colisão descomprometida que conduziria inevitavelmente a rebelião ou rendição. Alguns viriam a gostar do novo, outros a odiá-lo.
Jesus escandalizava continuamente os chefes religiosos dos seus dias; Ele quebrou as tradições deles sobre quase tudo, incluindo a prática dos fariseus de jejuar nas segundas e quintas-feiras (Lucas 18:12). A nova mensagem que Ele ensinava teria que ser acompanhada por novos métodos de adoração. Em suas três analogias, (Mateus 9:14-17; Marcos 2:18-22 e Lucas 5:33-39), Jesus responde aos seus críticos gentilmente, mas ilustra o inevitável do conflito: como pode pano novo ser usado para remendar roupa velha? Como pode o explosivo vinho novo ser contido em velhos e inflexíveis odres?
O significado literal destas figuras apresentadas por Jesus, é de fácil compreensão, senão vejamos: remendar calça velha com remendo de brim novo faz com que o novo remendo, encolhendo mais do que a calça velha cause um rasgo maior; os odres são confeccionados com couro de cabra e utilizados para armazenagem de líquidos, quando novo, mantém a flexibilidade suficiente para não se romper por conta da fermentação natural que ocasiona o vinho recém fabricado, colocar então suco de uva em odres velhos (já esticados ao máximo) fará com que o couro se rompa quando o suco expandir durante o processo de fermentação.
O provérbio de Jesus sobre o remendo novo na roupa velha saiu facilmente de Sua própria vida; Ele não poderia ser contido dentro das velhas fórmulas e rituais dos fariseus; Ele romperia o molde! A nova mensagem que Ele ensinava teria que ser acompanhada por novos métodos de adoração. Aquele que ‘não tinha lugar para repousar sua cabeça’, não desconhecer vestes remendadas; Ele veio para refazer-nos dos pés à cabeça. Todos sabemos que se tentarmos remendar nosso velho homem com um pouquinho de ensinamento do evangelho ou sempre que tentarmos simplesmente derramar alguma espiritualidade dentro de nossas velhas vidas, o resultado será um desastre colossal, pois apenas uma reforma completa servirá, afinal o velho é irreparável e tem simplesmente que ceder lugar ao novo; isso se ajusta com a exigência de Jesus de que nasçamos de novo (João 3).
O judaísmo rabínico, com suas corrupções farisaicas, estava além da recuperação; sua atitude estava tão afastada do espírito da lei e dos profetas que o único meio de ir além dela era saindo dela. A mensagem de arrependimento e de contrição pregada por João Batista era preparatória e não permanente (Atos 18:25-26 e 19:1-5); o novo caminho de Jesus era um pano inteiro e não uma colcha de retalhos, Ele não tinha vindo para enxertar suas novas verdades no esfarrapado tecido religioso das tradições humanas e ímpias atitudes, ou para sentar-se imóvel a uma das paradas da estrada do propósito eterno de Deus; em Cristo todas as coisas teriam que ser novas (2 Coríntios 5:17).
A incredulidade judaica vigente recusou-se a renunciar aos seus caminhos tradicionais para receber a Palavra de Deus, e crucificou Jesus. Os judaizantes da igreja primitiva relutavam em deixar a lei pelo evangelho e, em seu esforço para acomodar o evangelho à lei, manobraram para rasgar e destruir tudo (Gálatas 1:6-9 e 5:3-4). A mesma disposição mental vive hoje. Velhos e ímpios caminhos, recusando a entregar a alma, nos desafiarão a acomodar o evangelho a eles ou sair. Nesses momentos precisamos correr, e não andar, para a saída mais próxima. Precisamos estar atentos a um conservadorismo tão insensato, que pensemos que o melhor modo de permanecermos firmes na fé, seja manter as coisas como estão, mais precisamos juntar as armas a bagagem e ficar prontos para uma longa jornada naqueles novos lugares onde o Senhor pretende que estejamos. O vinho novo do evangelho não é destinado a nos deixar confortáveis, mas a nos fazer novos, pois representa Jesus Cristo e os odre representam o coração do homem; desta forma, é indispensável que o homem se submeta à mudança de seu coração, substituindo o velho ruim, pelo novo excelente. Essa metamorfose se dá através do reconhecimento pessoal, arrependimento e busca do perdão por meio de Jesus Cristo.
A partir do momento que somos novas criaturas em Cristo Jesus, o Espírito Santo de Deus nos enche de gozo espiritual e na medida que vamos perseverando na fé (a cada dia melhorando como pessoa, como cristão), vamos nos tornando um vinho todo especial, sendo provado e aprovado pelo nosso Senhor, guardando em nosso coração a Palavra de Deus e retendo a alegria da salvação que há em Cristo Jesus.
Avaliemos neste dia que tipo de odre é o nosso coração, e que tipo de vinho está dentro dele. Deus oferece oportunidade através de Seu Filho Unigênito (João 3:16), para que todos nós desfrutemos da maior de todas as bênçãos que se identifica como salvação eterna. Deixemos o Espírito de Deus renovar nossas mentes.
Que no dia que se chama hoje decidamos ser odres novos com a finalidade de recebermos o vinho novo que só o Senhor tem para nós!!! Amém???
Dayene Roberta

Nenhum comentário:

Postar um comentário