"Para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é
impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o
refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da
alma, segura e firme e que penetra além do véu".
(Hebreus 6:18-19)
Dante Alighieri, em "A Divina Comédia", escreveu
que à porta do Inferno estava escrito: "Perdei, ó vós que entrais, toda a
Esperança". Para este poeta italiano, o desespero era a essência do
inferno; Ele acreditava que a ausência de perspectiva deixa a alma encurralada
num labirinto infernal. Victor Frankl, que sofreu na pele as agruras do campo
de concentração, descobriu ali algo que depois se tornou muito importante em
seu trabalho profissional, na condição de psiquiatra: que os judeus que nutriam
alguma esperança de liberdade sobreviviam; quem não tinha esperança não
aguentava o sofrimento. A constatação de Frankl só faz evidenciar a verdade de
um pensamento que diz: "O homem pode viver até 40 dias sem comida, 3 dias
sem água, 8 minutos sem ar, mas apenas 1 segundo sem esperança".
Se o homem não pode viver sem esperança, onde então deve
busca-lá? A Bíblia responde: "Jesus é a âncora da alma! Jesus é a nossa
Única Esperança!" Quando Marta se encontrou com Jesus, confessou:
"Senhor, se Tu estiveras aqui meu irmão não teria morrido" (João
11:21). Paulo escreveu: "...temos posto a nossa esperança no Deus vivo que
é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem..." (1
Timóteo 4:10). Aos que não têm essa âncora, Paulo os menciona como "não
tendo esperança, e sem Deus no mundo" (Efésios 2:12).
Todos temos dúvidas vez ou outra. Será que a vida vale mesmo
a pena? Será que estou agindo corretamente? Será que esta doutrina é confiável?
O exemplo bíblico mais eloqüente disso é o de Tomé. A última visão que ele
provavelmente tenha tido de Jesus foi a de um homem ensagüentado, humilhado,
morto e sepultado. Quando os judeus rolaram aquela pedra para a porta do
túmulo, Tomé encerrou ali dentro também as suas esperanças; seus sonhos
morreram com Jesus. Tudo não passou então de uma fantasia? Afinal, investira
três anos de sua vida para tudo terminar assim? É preciso tentar entender as
suas palavras secas e incrédulas, ditas aos companheiros quando lhe foram
contar que viram Jesus redivivo: "Se eu não puder ver o sinal dos cravos
nas mãos d'Ele, se não tocar ali com o meu dedo e não puser a minha mão no lado
d'Ele, não acreditarei" (João 20:25b).
A dúvida assalta seu coração? Está achando que não vale a
pena continuar? Lembre-se: Jesus é a âncora segura contra as ondas da dúvida!!!
Algumas pessoas ancoram suas almas em refúgios falsos, o que só faz reforçar a
estratégia da dúvida. Paulo escreve à Timóteo e cita uma tentação que os ricos
sofrem, a de depositarem sua esperança no poder do dinheiro. O que tem de
milionário infeliz neste mundo não está escrito. O que está escrito é:
"Manda os ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua
esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundamente
todas as coisas para delas gozarmos" (1 Timóteo 6:17).
Certa vez, li um artigo que dizia existir um quadro notável
de um pintor chamado Frederick Watts; este quadro chama-se
"ESPERANÇA". O autor do artigo dizia que Watts pintou uma mulher de
semblante triste e desanimado, assentada no alto do globo terrestre. Suas
costas estavam curvadas como se carregasse um fardo insustentável; o olhar de
desespero estampava-se em seu rosto. Numa das mãos da mulher, Watts havia
pintado uma lira; todavia, existia um detalhe no instrumento que o pintor
desejava ressaltar: todas as cordas estavam quebrada menos uma. Tanto para os
admiradores, quanto para os críticos do assunto, ao contemplar o referido
quadro, sempre surgia a seguinte pergunta: "por que Watts chamou o quadro
de Esperança e não "desespero"?" Entretanto logo descobriram que
a resposta estava na única corda da lira que não havia se rompido. Ainda existia
uma corda que não havia se quebrado!
Saibam que todas as coisas podem parecer perdidas, mas
queremos dizer que Deus não permitirá que a última corda se rompa. Ao examinar
a sua vida e achar que todas as esperanças estão falidas, quero desafiá-los a
olhar para Jesus e vê-Lo como a Âncora de nossa esperança.
Dayene Roberta
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